Da Igreja recebemos a tradição da fé, nela a nutrimos e, a partir dela e por ela, somos enviados a evangelizar. A comunidade eclesial é, portanto, o lugar privilegiado para a experiência da vida cristã, bem como a fonte de onde deve brotar o testemunho como proposta de um novo estilo de vida a todos quantos querem, já aqui neste mundo, assumirem a vida em plenitude proposta por Jesus (Jo 10,10).

O Documento 107, fruto da 55a Assembleia dos Bispos do Brasil, tem como objetivo indicar o itinerário a ser seguido para formar discípulos missionários, bem como transformar as comunidades, assim como toda a Igreja, em “Casa de Iniciação Cristã”. Isto quer dizer que, é nesta vivência comunitária que se gera e se vive o testemunho do Evangelho, e o exercício do fiel seguimento de Cristo. Assim sendo, a comunidade não poderá fechar-se em si mesma, mas abrir-se a uma constante acolhida.

Ora, a Igreja como instituição situada num tempo, num contexto, numa realidade concreta, justamente onde necessita testemunhar sua identidade, sempre esteve rodeada de perguntas e questões, diante das quais necessita dar respostas condizentes ao seu momento, ou seja, questões de hoje não se respondem com argumentos de ontem. Os passos da Igreja precisam, no mínimo, estarem acompanhando o ritmo da realidade.

A proposta da reflexão sobre a “Iniciação Cristã”, presente nesse documento, atravessa um itinerário que vai desde a necessidade de um encontro pessoal, - explanado no relato do diálogo de Jesus com a samaritana (Jo 4) -, com um olhar atento na história da Igreja, e um olhar para o presente momento, tendo em vista as exigências do tempo atual (desafios e perspectivas). A ação concreta da Igreja é imprescindível para que essa Iniciação Cristã, como proposta de evangelização, soe aos ouvidos das pessoas como tendo um real e eficaz alcance.

Evidentemente que esse projeto de evangelização se propõe como algo aberto para todas as pessoas. Há que se tomar também consciência de que para tal trabalho, haverá o empenho de toda a ação pastoral da Igreja, que vai desde as menores comunidades até as dioceses, sendo um trabalho conjunto. É o Corpo Místico de Cristo em ação. Para que isto aconteça, o Documento nos mostra que é indispensável: Formação continuada para as comunidades, para os ministros ordenados e catequistas; Compreensão da importância da Iniciação à Vida Cristã, na ação evangelizadora; Valorização da dimensão litúrgica; Pastoral de conjunto e projetos pastorais; Promoção da unidade dos sacramentos da Iniciação à Vida Cristã; Articulação entre o processo de Iniciação à Vida Cristã e missão da Comunidade Eclesial.

A consolidação, portanto, os direcionamentos, de forma compreendida, integrada e assumida, certamente darão rumo à ação evangelizadora da Igreja em nosso momento atual. É um processo vivido e desenvolvido pela Comunidade Eclesial de forma que a missionariedade da Igreja esteja apontando para o seu momento, a sua realidade.

A vida cristã, como modelo de “vida em plenitude” desenvolve-se desta maneira, numa experiência de comunhão com o seu Mestre, tendo em vista o convite, por meio da ação evangelizadora, sempre situada no seu contexto, ancorada no essencial evangélico. Todavia, aberta a novos horizontes que precisam ser desbravados e que esperam o alcance do Evangelho para um novo sentido.



Pe. Carlos César de Sousa é Mestre em Teologia Sistemática na área de Bíblia

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